De
ti para mim o vento corre
Com
os inacessíveis segredos
E
as histórias onde percorre
O
teu corpo os meus dedos.
Os
ventos é que acedem
Por
entre corredores à fortaleza do bem-amado
É
a eles que os lábios pedem
A
memória de cada centímetro esquadrinhado.
Estranho
e máximo conhecimento
Em
cada pêlo a sua marca
Aí
se guarda em cada um a sua Babel
Cuja
torre toda a história abarca.
Pelos
teus olhos passa agora um laranjal
Reclamado
pela m’nha sede
Pois
seus frutos e carne me refrescam
As
lembranças feitas duma rede
Para
os peixes que no vento pescam.
E
adormecem quando luzes soam
No
pintado céu de papel
Peixes
que no vento voam
Enganados
p’lo mar da tua pele.
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