Há
muita gente a falar da Filosofia. É como se tivesse aberto um bar novo onde se
podia ir conversar e ouvir música desconhecida, alternativa e muito fixe.
Fomos
convidados pelos profe para o primeiro problema da Filosofia que é saber o que
é a Filosofia. Passámos a aula a mandar bitaites sobre o que era a Filosofia.
Cada um mandava a sua boca, rimo-nos muito, foi divertido. É ótimo atirar
palavras para o ar sem ter que pensar nelas antecipadamente. Quem quiser que as
agarre depois, se bem que eu gostava que fosse a Paula a apanhar uns versos que
escrevi ontem à noite, quando estava na cama e não conseguia adormecer!...
Claro que não vou reproduzi-los aqui, porque só conhecendo a musa inspiradora é
que estaria apto para perceber aquelas palavras.
Mas
voltando aos disparates da aula de Filosofia. O que nos valeu foi o profe dizer
que qualquer coisa que disséssemos estava sempre certa, tinha que ser aceite,
mesmo o maior disparate. Ora, na nossa turma, disparates é coisa que não falta.
Mesmo alguns colegas da turma são eles próprios uns disparates em figura de
gente. Todos os disparates valem em Filosofia, porque todos têm direito à
palavra! A partir daí instalou-se a bagunça geral, com cada um a emitir a
opinião mais maluca que lhe viesse a cabeça. O professor estava contente e nós
nem demos pelo tempo passar. É ótimo haver uma disciplina onde cada um tem
oportunidade de dizer o que lhe vem à cabeça, pois estamos na idade em que a
nossa cabeça mais parece um rio desvairado, uma bicla sem travões.(Do texto em desenvolvimento, Borbulh@s e Heraclito - diário de um estudante de Filosofia)
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